domingo, 9 de agosto de 2009

8 de Agosto
Operação "Aventuras em Paiva"

Há tempos recebemos um convite para uma festa de aniversário. Recebemos as coordenadas e fomos directos a Castelo de Paiva. A festa foi no dia 7 e acabou com mais um belo momento de música dos XCA. Depois do concerto voltamos a casa da aniversariante para dar cabo de mais uns petiscos e acabamos por ir dormir eram já 3 da matina, numa casa cedida gentilmente pela nossa amiga Juliana. ;) Thank u.
Eram já 10h30 da manhã e ainda não estávamos todos preparados. Mas que é isto??? Temos de ir cachar... Bora lá. E assim foi. Eram 11h30 já estávamos prontos a sair. Primeiro destino: "Ponte da Bateira".

Found itPonte da Bateira
[log] (Traditional Cache)


Fechar bem a casa a 7 chaves, arrumar as tralhas na mala, ligar GPS, abrir portão, tirar o carro, fechar o portão e... ala que se faz tarde.
Como já se aproximava a hora de almoço decidimos fazer duas caches que ficavam por aquelas bandas. Apesar do Rikas já ter feito a cache, acompanhou-nos para o caso de necessitarmos de um spoiler mais forte. Felizmente não foi preciso. O ambiente que envolvia a ponte era muito natural e muito acolhedor. Tinha muitas árvores o que tornava o cantinho muito fresco. Pelos vistos o local serve também de ponto de partida a descidas do rio.
Um pouco mais de informação sobre o local:

De forma a possibilitar a captação de água no Paiva, foi necessário construir um pequeno açude e uma Estação Elevatória junto à Ponte da Bateira, em Castelo de Paiva. Estas duas infra-estruturas foram objecto de tratamento paisagístico adequado, nomeadamente a Estação Elevatória revestida a xisto, material típico da bacia do rio, resultando num conjunto em perfeita harmonia com a natureza envolvente. Por outro lado, as migrações dos peixes para a desova não são prejudicadas pela existência do açude, uma vez que foi instalada uma escada de peixes, constituída por duas linhas de passagem de água de declive pouco acentuado: uma em forma de chicane, para espécies como a truta, e outra de livre acesso, para outras espécies.

Uma bela ponte, e uma boa cache.
Está muito simples de a encontrar e realmente não foi preciso spoiler.
1/8


Found itIlha dos amores [Castelo Paiva]
[log] (Traditional Cache)



Em regime de comemoração ao meu found número

300

Finalmente mais uma milestone e que nos deixa a pensar: "Realmente... O que já andamos e o que nos falta andar. Tanto sítio belo que já conhecemos e que nos falta conhecer. Venham muitos mais."
A Ilha dos Amores deve ser realmente um local interessante mas, tal como o owner refere na cache, é preciso um barco para lá irmos. Na minha opinião fez bem em deixá-la num sítio de fácil acesso e sem haver a necessidade da respectiva deslocação. Naquele dia não pudemos deixar o carro bem perto do rio pois estava a decorrer uma prova de triatlo. Quem eram as vedetas? Não sei. Só os vimos a nadar ;)

uma pequena praia fluvial (não vigiada e sem bandeira azul), uma zona com bar e piscina, um ancoradouro onde atracam alguns pequenos barcos de recreio. A zona é muito apreciada pelos amantes dos desportos aquáticos e é frequente ver-se motos de água e pessoas a praticar esqui náutico. No local existe ainda um percurso pedestre marcado – o PR1 – que, com cerca de 7 km, os leva a descobrir todos os encantos da zona.

Foi este o cenário com que nos deparamos. E a dica não podia ser mais clara. Bastou dirigirmo-nos ao GZ e, depois de vasculhar um pouco, lá estava ela.
Não era bem aquilo que eu tinha pensado para a minha cache 300 mas... Não foi uma decepção.
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Found itMonte S. Adrião - Castelo de Paiva
[log] (Traditional Cache)



Depois do almoço em casa da "tininha de Paiva" (se ela lê isto mata-me), esperamos por mais dois trènguitos e voltamos ao ataque. Já estávamos 8 reunidos.
Próxima paragem era o Monte de S. Adrião. Sinto-me sempre bem a percorrer este tipo de caminhos. Fazem-me lembrar a "minha aldeia". O cheiro a natureza faz-me renovar energias. Sinto que é muito positivo.
Já não tão positivos foram os tipos de terreno por onde o meu carro passou. Como é muito baixinho, a probabilidade de ele bater em alguma coisa é sempre muito grande. Desta vez, o maior desafio foi mesmo a areia, uma vez que os meus pneus, segundo me dizem, andam meios carecas... Adiante.
Chegamos então ao cimo do monte. Demos logo com um grande largo onde nos deparamos com uma cruz, dos seus 3 metros, do lado esquerdo uma estrutura assemelhada a um palco (que já não me lembro bem o que era) e ao fundo a capela. Mas infelizmente não pudemos visitá-la. Estava fechada.
Ora, só nos restava uma hipótese: seguir até ao ponto zero. As coordenadas e a dica eram muito precisas o que facilitou em muito as buscas. Bastou levantar duas pedritas e voilá! Completa mais uma missão.
Ao vir embora, pelo mesmo terreno, viemoa ainda mais devagarinho, com mais alguns cuidados ;)
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Found itBarragem do Seixo [Castelo Paiva]
[log] (Traditional Cache)


Uau. Que sítio fixe. Mas já nos tinham dito que esta cache dava alguma luta.
Passavam já das 3 da tarde e o sol estava abrasador. Não aguentei mais andar de calças e vesti uns calções e calcei umas sapatilhas. Pronto para a guerra, depois de beber um gole de groselha! E vamos lá na direcção do GZ.
Tínhamos estacionado mesmo cá em baixo ao nível da água. E, como tal, tínhamos de voltar a subir a enorme rampa que tínhamos descido de carro. Na primeira clareira entramos pelo meio da vegetação onde havia um caminho que mais tarde vim a percorrer.
A cache estava escondidinha debaixo de pedras, junto a um tronco, e com uma boa vista sobre a "baía". Pena esta cache não ser visitada com regularidade, senão teria deixado aqui o Panda TB. Cache logada, fotos tiradas, estava na hora de um passeio. E assim foi. Seguimos o trilho e pudemos apreciar uma bela vista e, melhor ainda, todos os pontos de vista sobre a barragem. A meio do caminho tivemos um desafio: lançamento de pedras saltitantes. Ao tempo que não fazia isto. Mas, quem não gosta de fazer isto, hum? Tal como dizia ao Rui, deve ser por as nossas mães, quando eramos mais novos, dizerem sempre: "Não se atiram pedras"! Mas agora já somos crescidos, qual é ;)
E pronto. Lá fomos passeando até chegarmos de novo aos carros. Vamos lá a mais uma?
Desta vez, iamos mais orientados no sentido da casa.
4/8


Found itAs Minas de Pejão [Castelo Paiva]
[log] (Traditional Cache)


Depois de uma barragem, uma paisagem alternativa. Uma antiga mina.
Vale a pena ler um pouco sobre elas:

As Minas de Pejão começaram a funcionar oficialmente em 1886 (embora se pense que já existia) e, ao fim de 108 anos de exploração, foi decretado o seu encerramento por decisão do Governo. As mais conhecidas são as que se situam na freguesia de Pedorido, junto ao Douro (minas de Germunde), no entanto, existem também minas na freguesia da Raiva (minas de Folgoso) e na freguesia de S. Pedro de Paraíso (minas do Pejão e do Fojo).
A cache pretende dar-lhe a conhecer o local da mina em Folgoso.
Nesses poços eram abertas galerias (túneis largos) de 50 em 50 metros, que tinham um comprimento de 500 metros. As galerias eram escoradas com troncos de eucalipto (e mais recentemente em aço).
Nas galerias eram abertas “travessas” (túneis mais estreitos que as galerias) de 100 em 100 metros e destas saíam uns túneis com o nome de “inclinados”, que como o nome indica eram inclinados. Os “inclinados” eram bastante estreitos e baixos e era daqui que se extraía o carvão. O carvão era transportado através de caleiras até as travessas onde existiam vagões para transportar o minério até as galerias. Chegando às galerias, os vagões eram transportados para o exterior através um elevador com o nome de “jaula”. No exterior, era tratado, escolhido e carregado para “cestas” (teleférico) e para camiões, que levavam o minério até à central do Outeiro na freguesia das Mêdas no concelho de Gondomar, na outra margem do Douro. Lá o minério era queimado para produzir energia.
Nos anos 50/60 o transporte do carvão das minas anteriormente mencionadas para as minas de Germunde era feito em vagões puxados por locomotivas a vapor.
As minas de Germunde foram as últimas a encerrar, fechando em Dezembro de 1994. As minas de Germunde tinham 2 poços (entradas), o posto de Germunde I que ia até aos 300 metros de profundidade, e o Posto de Germunde II que ia até perto dos 500 metros de profundidade.




Com o calor que se continuava a sentir estacionamos os nossos cachemobiles à sombrinha do edifício principal (o que vemos na foto). Saímos do carro e dirigímo-nos às coordenadas. Como estas não eram muito precisas pois o GPS estava molengão, decidimos procurar nos locais mais óbvios. A mim parecia-me os arbustos mas, quem já tinha feito a cache só dizia frio, frio, frio. Então resolvemos escaldar a coisa. Em que outro sítio esconderíamos se não fosse ali? À semelhança da cache anterior, reparei num tronco com uma pedra a tapar alguma coisa. "Isto só pode ser uma cache", pensei eu. E lá estava ela.
Com a incerteza de encontrar um sítio perto da natureza, e com a esperança de dar andamento ao TB, deixei-o aqui trazendo em troca a peça "00" de um dominó. Depois de recolocada a cache procuramos uma entrada para a mina mas, sem sucesso. Estavam todas vedadas. As entradas cimentadas e portões trancados. Compreendem-se as razões de segurança.
5/8


Found itPedorido - Os dois rios e as duas pontes
[log] (Traditional Cache)



Da mina para a praia foi um tirinho. Mas antes de atacar a cache fomos atacar um café que mais parecia uma romaria. Além do mais estava por lá a decorrer um casamento que, segundo fontes seguras, era de uma menina da terra da Ju ;)
Todos comemos um geladinho à excepção do rikas que comeu uns tremossos acompanhados de um panaché.
Forças renovadas e estava na hora de atacar o GZ. "Não, não pode ser aquela pedra. É só teias de aranha", foi o meu pensamento. Mas a verdade é que fui investigar e... depois de espreitar um pouco. Bingo. Era mesmo aquela pedra... Não imaginam a quantidade de teia. Impressionante.
Logámos, tirámos umas fotos e, na recolocação tivemos um pequeno precauço. Umas mini companhias, denominadas de chavalas, foram para dentro de um carro que lá estava em frente. Mas eram grandes malucas. Puseram a música alta para se meterem connosco. Para voltar a deixar a cache em segurança tivemos mesmo de tirar uma foto em grupo. O que nos valeu foi sermos 8 ;)
6/8


Found itMiradouro de Labercos [PORTO]
[log] (Traditional Cache)



E foi assim que deixamos nos nossos amiguinhos para trás e viemos na direcção do Porto. Ainda tínhamos muitas planeadas pelo caminho mas, um pequeno contratempo fez-nos perder a vontade de aventura.
Quando passámos por aqui na sexta-feira, antes da festa pensei: "Aqui deve haver cache". E há! O local é naturalmente convidativo a uma cache. É um local que chama à atenção de qualquer um que passe por ali. O miradouro é todo construído com uma pedra "diferente" do habitual. Nada melhor que uma foto para identificar o local:


Pena o mau cheiro que se sente por ali. Um sítio com tão bom aspecto e depois um cheiro tão nauseabundo.
As coordenadas da cache davam-nos um pouco longe mas a dica e o tamanho indicado ajudaram. Era impossível uma cache regular estar no muro do miradouro. Ainda assim perdemos um pouco de tempo à procura dela lá. Depois rendemo-nos à evidência e vamos por um trilho um pouco mais a baixo e... lá estava ela, por trás de uma pedra.
Log feito, fotos tiradas, estava na hora de mais uma aventura... E que aventura... Fónix!
7/8



Uma pausa para uma aventura entre caches:

Não acreditem sempre no vosso GPS, principalmente se for um NDrive.
Mandou-nos para uma rua fixe que eu depois tive de fazer toda em marcha-atrás. Nem imaginam o cheiro a queimado. O carro nem queria subir. Foi incrível. Aqui fica o caminho, mas, desta vez, feito a pé. Reparem bem na largura da estrada no final do vídeo.





Found itMoinhos do Uíma - Arroteias
[log] (Traditional Cache)


Embora o carro não esteja nas melhores condições, lá se safou ao desafio proposto.
Para relaxar, e depois do grande stress, resolvemos fazer mais uma ou duas caches. Infelizmente o sol já lá ia e não nos permitiu avançarmos mais. Ainda assim, lá fomos fazer mais uma.
Estacionamos bem perto da fábrica de tintas e seguimos pelo trilho que estava à esquerda da entrada. A pé, curva e contra curva sempre a descer. E foi fácil dar com o moínho. Bastou seguir sempre o mesmo caminho. Nas proximidades, e com tanto arvoredo, já estava muito escuro. Num tirinho diz a cris: "Está aqui". E pronto. A última do dia estava caça. Ainda deu tempo para ir investigar o interior e tirar uma foto. Rapidamente voltamos para trás a tentar fazer mais uma cache de moínho mas o mato parecia serrado e estava a ficar demasiado escuro. A nossa expedição a Paiva tinha terminado aqui.
8/8

Que aventuras...