Início de mais uma viagem aos sítios que nos trazem algumas memórias. Memórias de amigos que já lá vão, memórias de profs antigos, memórias de família... Tantas e tantas coisas. Este, é um daqueles sítios por vezes nos fazem sentir assim...

PEQUENINOS!
A aventura começou mesmo às 8h55 da manhã, hora em que apanhamos em Gaia o intercidades (IC) para Lisboa - Oriente (ora prevista do comboio era 8h57). Uma viagem que se fez muito bem mas que demora muuuiiiittttooo tempo. São 3h até ao destino. Sempre dá para ir conversando, trabalhando, ouvindo música, e até para apreciar as pessoas que vão ao nosso lado. Sim, ao meu lado ia um rapaz novo, típico dos dias de hoje: magro que nem um esqueleto em dieta, roupa larga, cabelo à beto (daqueles que se abana a cabeça para a pala ficar bem) e umas "all stars". Sim, porque essas também já voltaram à moda. Mas gostei de um pormenor: na sapatilha direita, de lado dizia: "FUCK YEAH". E eu pensei: "que grande frase". Mostra mesmo que a pessoa está a gostar daquilo que faz e do modo como vive. Vou dar um subtítulo a este blog e é: "FUCK YEAH".
Pois então a nossa aventura começa por volta do meio dia, hora a que chegamos à gare do oriente. Fomos directos ao oceanário cumprir o objectivo principal. Depois de uma horita e pouco já estávamos cá fora. Paramos para comer qualquer coisa e, como um bom geocacher, levei o GPS preparadinho com caches. Decidimos antes disso fazer um passeio de teleférico. E assim foi... Fomos até ao lado da torre de Vasco da Gama e começamos pelas caches desse lado. A primeira foi mesmo a "Let's Play!".
![]() | Let's Play! [Lisboa] [log] (Multi-cache) |
Saímos então junto da torre Vasco da Gama. Viemos sempre junto ao rio fazendo um agradável passeio pela sombrinha. Uns metros depois estávamos no tal "Cantinho da Música". São mesmo engraçados os instrumentos. A sonoridade emitida por tais instrumentos é ouvida a metros de distância. As crianças divertiam-se imenso e os crescidos da mesma forma. Vi lá um senhor de idade que até tentava tocar "As meninas da ribeira do sado" numa espécie de xilofone ao alto.
E então esta multicache, de apenas um ponto, foi uma boa maneira de reparar no pormenor destas obras de arte. Pena não ter apontado o nome de todos eles. Feitas as contas, novas coordenadas e cache na mão. Está originalmente "colado" o container e a dica ajuda mesmo.
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![]() | Picture your Flag [Lisboa] [log] (Virtual Cache) |


A escassos metros já se encontrava outra cache. Desta vez, uma virtual onde bastava tirar uma foto da bandeira do nosso país e responder a umas perguntinhas, cuja resposta se encontra disponível no quadro informativo junto da bandeira de Portugal: capital, população e área ocupada. Isto, claro está, dados de 1998. Este conjunto de bandeiras encontra-se mesmo em frente ao Pavilhão do Atlântico, onde eu nunca entrei. E ainda não foi desta vez ;) Quem sabe se um dia destes não venho aí a um concerto...
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![]() | Why volcanoes explode? [log] (Earthcache) |

E mesmo depois de uma virtual, porque não uma EarthCache? "Why volcanoes explode?"
É sempre uma boa pergunta, será que toda a gente sabe porque é que os vulcões explodem? Sabem que tipos de vulcões existem? Podem sempre ir ver ao Wikipédia, sempre dá umas luzes:
Tipos de vulcão
Uma das formas de classificação dos vulcões é através do tipo de material que é eruptido, o que afecta a forma do vulcão. Se o magma eruptido contém uma elevada percentagem em sílica (superior a 65%) a lava é chamada de félsica ou "ácida" e tem a tendência de ser muito viscosa (pouco fluida) e por isso solidifica rapidamente. Os vulcões com este tipo de lava têm tendência a explodir devido ao facto da lava facilmente obstruir a chaminé vulcânica. O Monte Pelée na Martinica é um exemplo de um vulcão deste tipo.
Se, por outro lado, o magma é relativamente pobre em sílica (conteúdo inferior a 52%) é chamado de máfico ou "básico" e causa erupções de lavas muito fluidas capazes de escorrer por longas distâncias. Um bom exemplo de uma escoada lávica máfica é a do Grande Þjórsárhraun (Thjórsárhraun) originada por uma fissura eruptiva quase no centro geográfico da Islândia há cerca de 8000 anos. Esta escoada percorreu cerca de 130 quilómetros até ao mar e cobriu uma área com 800 km².
- Cones de escórias: é o tipo mais simples e mais comum de vulcões. Esses vulcões são relativamente pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros de altura. Formam-se pela erupção de magmas de baixa viscosidade, com composições basálticas ou intermediárias.
- Estratovulcões: também designados de "compostos", são grandes edifícios vulcânicos com longa atividade, forma geral cônica, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos íngremes, construídos pela intercalação de fluxos de lava e produtos piroclásticos, emitidos por uma ou mais condutas, e que podem ser pontuados ao longo do tempo por episódios de colapsos parciais do cone, reconstrução e mudanças da localização das condutas. Alguns dos exemplos de vulcões deste tipo são o Teide na Espanha, o Monte Fuji no Japão, o Cotopaxi no Equador, o Vulcão Mayon nas Filipinas e o Monte Rainier nos EUA. Por outro lado, esses edifícios vulcânicos são os mais mortíferos da Terra, envolvendo a perda da vida de aproximadamente 264000 pessoas desde o ano de 1500.
- Caldeiras ressurgentes: são as maiores estruturas vulcânicas da Terra, possuindo diâmetros que variam entre 15 e 100 km². À parte de seu grande tamanho, caldeiras ressurgentes são amplas depressões topográficas com uma massa elevada central. Exemplos dessas estruturas são a Valles (EUA), Yellowstone (EUA) e Cerro Galan (Argentina).
- Vulcões submarinos: são aqueles que estão abaixo da água. São bastante comuns em certos fundos oceânicos, principalmente na dorsal meso-atlântica. São responsáveis pela formação de novo fundo oceânico em diversas zonas do globo. Um exemplo deste tipo de vulcão é o vulcão da Serreta no Arquipélago dos Açores.
E com esta informação tentei responder à questão que nos era colocada na cache. Hihihi... Mas a verdade é que não fui muito bem sucedido na coisa. Mas lá deixaram passar o meu log. E esta hein? Quem diria que uma cache nos ia fazer procurar o que é um vulcão e que tipos de vulcões existem. looool.
Os parabéns ao owner da cache. Assim vale a pena ;)
Mas... ia jurar que havia outra cache nos vulcões mas...
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![]() | G Spot II [Lisboa] [log] (Traditional Cache) |


Bem, isto de procurar o ponto-G em Lisboa... Hihihihi. Como tínhamos mais uma viagem de teleférico decidimos voltar para trás e procurar o ponto-G. E assim foi... Mas, o calor era tanto dentro da cabine que decidimos parar nos banquinhos coloridos a descansar um pouquito. Soube pela vida.
Forças renovadas e lá fomos nós ao ataque novamente. Coordenadas para o "Ponto G", lol, que giro que isto soa... e lá fomos nós. E não é que nos deparámos com uma estrutura incrível?!?!?!?! Até hoje não sei bem o que aquilo é... Mas a foto da esquerda mostra bem a grandiosidade da coisa. Até nos sentimos pequeninos. Foi muito fácil dar com a cache. Deviam era fazer uma manutenção. Está a precisar pois está cheínha de papeis.
Ora, liga-se de novo o GPS e resolvo procurar pelas caches e tirar a dúvida da cache do vulcão... Sim: afinal havia lá mais uma cache. Bem... pronto, vamos lá então.
Pelo caminho passámos no pavilhão do conhecimento que parecia ser engraçado mas, só a entrada eram outros (11€), o mesmo preço do oceanário. Assim sendo ficamo-nos pela visita ao cybercafé, que pelos vistos serve também de entrada ao pavilhão. Foi lá que tirei a primeira foto deste POST. Uma mesa gigante e umas cadeiras gigantes fizeram-me sentir de novo uma criança. Foi giro podermos também ver algumas ilusões de óptica que nos chegam por mail, desta vez ao vivo: um paralelipípedo rectângulo desenhado na parede do lado direito do corredor, e um triângulo que, afinal, não era um triângulo, numa estrutura ao fundo do mesmo corredor, do lado esquerdo.
Estava na hora de seguir caminho e portanto... lá fomos.
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![]() | Vulcões de Agua [Lisboa] [log] (Traditional Cache) |


Afinal sempre tinha razão e esta cache existia mesmo. As coordenadas ora davam aqui, ora davam ali, não percebia nada. Mas a certa altura fixaram-se num sítio só. Como era magnética pensei de imediato que fosse nos bancos junto dos vulcões mas, estava redondamente enganado. E que tal seguir a posição indicada pelo GPS? Não???
Hihihi. E pronto, a danada lá apareceu. Bem grandinha por sinal e bem escondidinha. Um log que dizia que os geocachers se tinham picado todos é que foi a minha salvação ;)
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![]() | Gare do Oriente - Projecto GeoGare [log] (Traditional Cache) |

Não... Não podia ir embora sem fazer uma cache da estação da gare do oriente. Segue as coordenadas, da cache tradicional e abandona a ideia da multi, dada a hora que começava a apertar para o comboio.
"Ui, acho que é para ali para cima". E não é que era mesmo???
Subimos, subimos e subimos o montesito e.. que espanto...
Sabem o que é uma cache pendurada numa rede???? Visível a toda a gente???
Pensei eu que ela só sobrevive porque toda a gente deve pensar que aquilo é droga ou assim... e por isso ninguém lhe toca ;)
A vista de lá de cima é muito engraçada o que valoriza esta cache.

Já estava quase na hora e decidimos voltar à estação para apanhar o comboio. Partimos às 19h39 e chegamos eram 22h33. O comboio vinha cheio de mafarricos que tinham ido ao "Optimus Alive!09". Xiiiiiii... era mesmo muita gente. E vinham meios doidos... é normal, penso eu. Dois deles até tinham de sair em Pombal e sairam só em Coimbra-B. Coitados... Para eles deve ter começado ali mais uma aventura. A minha, felizmente, acabou bem, na estação certa... e por aqui também...
6/6